SÃO PAULO – Na manhã desta segunda-feira (01), os principais veículos de comunicação estampam a notícia de que o Brasil acaba de eleger a primeira presidente mulher de sua história. Com mais de 55% dos votos válidos, Dilma Rousseff assume em primeiro de janeiro o posto mais alto do comando nacional.
Mas será que o fato de uma mulher estar no comando faz diferença? Não é novidade que homens e mulheres possuem características diferentes, como paciência, equilíbrio entre razão e emoção e visão de longo prazo. Tais caracteristícas, bem vindas em uma presidente da República, também são benéficas na hora de investir.
Com sua experiência, a responsável pela qualidade e atendimento da Título Corretora, Miriam Macari, afirma que as mulheres são capazes de enxergar as coisas de forma mais abrangente. "Com essa capacidade de olhar para o todo, a mulher consegue entender melhor os eventos do mercado e tirar proveito deles”.
Longo prazo
Ainda segundo Miriam, outro comportamento que ajuda as mulheres nos investimentos – e que deve também colaborar com a nova presidente – é a visão de longo prazo. “O público feminino tende a pensar mais no longo prazo, e toma decisões pensando não só nos benefícios imediatos, ao contrário dos homens”, explica.
Entre os objetivos das mulheres, segundo a profissional, estão a vontade de aumentar o patrimônio e a riqueza ao longo do tempo, além de ter uma aposentadoria tranquila. E para isso, muitas acabam utilizando estratégias mais arriscadas. “Elas se lançam nos empreendimentos para obter lucros, pois muitas possuem ambições milionárias”.
Mulher no poder, mulheres na Bolsa
De acordo com dados da BM&F Bovespa, desde 2002 até 2010, a participação das mulheres nos investimentos em ação cresceu de 15 mil para 136 mil.
E, ao contrário do que se imagina, elas não preferem papéis relacionados ao consumo feminino, como marca de cosméticos ou loja de roupas. “Nisso elas se equiparam aos homens e variam suas aplicações em diferentes segmentos”, finaliza.