sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Motos queimadas e um corpo são encontrados na Vila Cruzeiro


Polícia encontrou ainda britadeira usada para instalar barricadas.
Um corpo foi achado no local.

Do G1 RJ
Mais de 60 motocicletas queimadas foram encontradas no alto da Vila Cruzeiro, na Zona Norte do Rio de Janeiro, na manhã desta sexta-feira (26). Um corpo também foi achado. Segundo a polícia, as motos são potentes e sem placas de identificação.
De acordo com a polícia, foi apreendida ainda uma britadeira que seria usada para perfurar asfalto e instalar barricadas para dificultar a entrada da polícia na comunidade. Algumas casas estão sem luz.
O espaço aéreo da Zona Norte do Rio teve de ser fechado nesta manhã. A ordem partiu da polícia, que ocupa a Vila Cruzeiro, na Penha, próximo ao conjunto de favelas do Alemão.
Hospital do tráfico e casa incendiada
A polícia descobriu nesta manhã um hospital do tráfico dentro da Vila Cruzeiro, um dia depois da ocupação da favela, numa localidade conhecida como Vacaria. Policiais federais auxiliam no patrulhamento tanto no local quanto no entorno do Conjunto de favelas do Alemão, também na Zona Norte.
Uma forte fumaça no local levou os bombeiros ao interior da comunidade. Segundo o Corpo de Bombeiros, mesmo com o forte aparato policial na área, uma casa foi incendiada.
Megaoperação
Na quinta, o Bope fez uma megaoperação na Vila Cruzeiro com apoio de blindados da Marinha. Muitos criminosos fugiram pela mata para o Alemão, comunidade vizinha.
Desde domingo, o Rio vive uma onda de violência, com arrastões, veículos queimados e ataques a forças de segurança. Segundo o governo do Rio, é uma reação à política das UPPs, quando a polícia ocupa áreas antes dominadas por criminosos. Desde 2008, 13 dessas unidades foram instaladas na cidade. Fontes do governo do Rio confirmaram uma quinta UPP na Vila Cruzeiro.
Mesmo após a megaoperação de quinta, o Rio de Janeiro viveu uma madrugada com mais ataques: foram pelo menos cinco registrados. Em balanço divulgado na noite de quinta (25), a Polícia Militar informou que 72 veículos foram incendiados por criminosos desde o início dos ataques, no domingo (21). Entre presos e detidos há 188 pessoas.

Oito presos em operações no Rio são transferidos para presídios federais


A Secretaria de segurança não informa, no entanto, para onde eles seguiram.
Para polícia, mais importante é que criminosos saiam do estado.

Oito dos presos em operações na última quinta-feira (25) na Zona Norte do Rio foram transferidos para presídios federais nesta sexta-feira (26). A Secretaria de Segurança, no entanto, não informa para onde os criminosos estão sendo levados.
"Neste momento, o relevante é sair do Rio de Janeiro", contou o subsecretário de Planejamento Operacional do governo estadual, Roberto Sá. “Quem for preso transportando gasolina ou participando de ações que possam ser associadas a ataques e incêndios, será objeto deste procedimento. Cuidado, inclusive, a quem carregar garrafas de guaraná", completou ele.
Ministro da Justiça confirma
Em Santa Catarina, o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, confirmou a transferência dos presos. A assessoria do ministério informou que, por motivos de segurança, o destino dos detidos não seria revelado.
“Acabo de ser informado que o governador Sergio Cabral pediu a transferência de mais oito presos do Rio de Janeiro para o sistema prisional federal e vamos providenciar para que seja ainda hoje”, afirmou o ministro em entrevista pela manhã, antes de a transferência se iniciar.
O ministro afirmou que há possibilidade de ampliar o número de vagas do sistema federal disponibilizadas para presos do Rio de Janeiro. Nesta semana, o ministério liberou 50 vagas nos presídios federais para presos do Rio.
“Oferecemos ao governador 50 vagas. Já havia 62 presos do Rio de Janeiro. Com essas 50 vagas, o governo pode manejar melhor o encaminhamento dos que forem mais perigosos. Se for preciso ainda mais vagas, nós vamos efetivamente colocar à disposição do Rio de Janeiro”, declarou Barreto.
Prefeitura reforçará iluminação na Vila Cruzeiro
Ainda segundo Sá, A Prefeitura do Rio vai interditar alguns acessos às duas comunidades (Alemão e Vila Cruzeiro) vai iluminar melhor aqueles acessos que não estiverem bloqueados. Nesses locais, haverá pontos de controle e interceptação.
"Esse aporte logístico tem sido fundamental para ultrapassarmos alguns obstáculos até então quase que intransponíveis apenas com a utilização de nossos recursos”, explicou ele.
O subsecretário ressalta ainda a união da sociedade no que ele chamou de “virada de página do Rio”. “Sabemos que estamos, mais uma vez, numa luta do bem contra o mal. A sociedade parece que entendeu o momento de virada de página do Rio de Janeiro. Isso é muito importante, principalmente para as forças policiais. É como se fossem os pais afagando os filhos num momento difícil", comparou Sá.

Megaoperação no Rio conta com 21 mil policiais, diz PM


Relações públicas da PM comparou ação com pacificação do Timor Leste.
"Se chamarem para a guerra estamos prontos", afirmou coronel Lima Castro.

Do G1 RJ
Polícia Federal no entorno do conjunto de favelas do AlemãoPolícia Federal no entorno do conjunto de favelas
do Alemão (Foto: Thamine Leta / G1)
A megaoperação da polícia no Rio de Janeiro conta com 21 mil agentes, de acordo com o coronel Lima Castro, relações públicas da Polícia Militar. Em comparação, o coronel informou que o efetivo é quase o dobro do utilizado para pacificar o Timor Leste. "Participei três anos das Nações Unidas e foram necessários 12 mil homens para pacificar o país inteiro", disse o coronel Lima Castro.
De acordo com o coronel, desde domingo (21) foram registrados 96 veículos incendiados, 44 armas e 8 granadas apreendidas, além de grande quantidade de drogas e material inflamável. Além disso, a PM informou que até o momento foram 192 presos e 25 mortos em confrontos e três policiais feridos levemente. 
"Nossa proposta é de paz, mas se chamarem para a guerra, estamos prontos", afirmou o
Nossa proposta é de paz, mas se chamarem para a guerra, estamos prontos"
Coronel Lima Castro, relações públicas da PM
coronel Lima Castro. “Não queremos ter morador ferido, nem tropa ferida, mas os criminosos terão que sair de lá de alguma forma”, disse o relações públicas da PM, pedindo que os moradores não saiam de casa ou procurem abrigo seguro. “Por favor, não se envolvam. Vamos progredir no terreno”.
A PM lembra ainda que quem não conseguir voltar para casa por causa do confronto deve procurar o 16º BPM (Olaria) que fará o encaminhamento dos moradores para a Vila Olímpica da Penha. “No alojamento terá kit cama, kit alimentação, em um ambiente extremamente seguro e limpo”.

Hospital do tráficoA polícia teria descoberto um hospital do tráfico dentro da Vila Cruzeiro, um dia depois da ocupação da favela, na Zona Norte do Rio. Policiais Federais auxiliam no patrulhamento no local e no entorno do Conjunto de favelas do Alemão, também na Zona Norte do Rio, na manhã desta sexta-feira (26).
Uma forte fumaça no local levou bombeiros ao interior da comunidade. Autoridades ainda não confirmam onde seria o incêndio. Segundo primeiras informações, uma casa estaria pegando fogo.
Megaoperação
Na quinta, o Bope fez uma megaoperação na Vila Cruzeiro com apoio de blindados da Marinha. Muitos criminosos fugiram do local pela mata para o Alemão, comunidade vizinha.
Desde domingo, o Rio de Janeiro vive uma onda de violência, com arrastões, veículos queimados e ataques a forças de segurança. Segundo o governo do Rio, é uma reação à política das UPPs, quando a polícia ocupa áreas antes dominadas por criminosos. Desde 2008, 13 dessas unidades foram instaladas na cidade. Fontes do governo do Rio confirmaram quinta uma UPP na Vila Cruzeiro.
Mesmo após a megaoperação de quinta, o Rio de Janeiro viveu uma madrugada com mais ataques, foram pelo menos cinco registrados. Em balanço divulgado na noite de quinta (25), a Polícia Militar informou que 72 veículos foram incendiados por criminosos desde o início dos ataques no domingo (21). Entre presos e detidos, há 188 pessoas.
A SEGUIR, LEIA AS ÚLTIMAS INFORMAÇÕES:
COMBOIO - Por volta das 9h, um comboio de mais de 10 carros da PF e outros de pelo menos oito do Bope subiram a favela para reforçar os cerca de 100 homens que passaram a noite no local.
CÚPULA REUNIDA - Nesta manhã, a cúpula da segurança do estado do Rio está reunida na Secretaria de Segurança Pública, no Centro da capital.
'ACOSTUMADOS' - No entorno do Alemão, mesmo após as cenas da fuga de mais de cem criminosos para a região, alguns moradores negam estar amedrontados e dizem já estar acostumados com a violência. "É rotina, é normal", disse a proprietária de um bar.  "Eu não vi nada, mas nem precisa, vivemos isso todo dia", contou outra comerciante.
ESCOLAS FECHADAS - As escolas da região da Penha estão sem aulas nesta sexta. Muitos alunos ainda tentaram ir as aulas, mas receberam a orientação de voltar para casa. De acordo com uma professora de um colégio municipal, que preferiu não se identificar, “muitas mães já ligaram informando que não iam mandar os filhos para a escola”.
 BLINDADOS - Segundo o comandante do Bope Paulo Henrique Moraes, que participou da megaoperação na quinta de dentro de um dos blindados, as armas dos blindados da Marinha não devem ser usadas nas ações na Vila Cruzeiro nesta sexta. "Não é uma operação de guerra comum porque há muitos moradores. [É preciso] usar [as armas] de maneira criteriosa porque ali vivem cidadãos de bem, e trabalhamos pelo menor número de feridos possível”. Veja no vídeo ao lado entrevista ao "Bom Dia Brasil".
MADRUGADA - Pelo menos cinco ataques foram registrados na madrugada na região metropolitana do Rio. De acordo com os policiais, um Siena foi incendiado na Rua João Bittencourt, em Edson Passos, em Mesquita, na Baixada Fluminense. A PM informou ainda que o ataque ocorreu fora da comunidade da Chatuba. Outros quatro ataques foram registrados na madrugada desta sexta em diferentes pontos do estado: Via Dutra, Avenida Brasil, Ipanema e São Gonçalo.
GALERIA DE FOTOS - Confira seleção de imagens das operações policiais e dos ataques no Rio desde o último domingo.
MILITARES - Na noite de quinta-feira (25), o Ministério da Defesa informou, que, a pedido do governo do Rio de Janeiro, serão enviados 800 militares do Exército para auxiliar a polícia local no combate à onda de violência na capital do estado e em cidades vizinhas.
Oficial durante ação na Vila CruzeiroOficial durante ação na Vila Cruzeiro (Foto: Pablo
Jacob / Agência O Globo)
MEGAOPERAÇÃO - Na quinta-feira (25), as polícias Militar e Civil realizam uma megaoperação na comunidade para prender criminosos que, segundo serviços de inteligência, deixaram comunidades pacificadas pelas chamadas UPPs, as Unidades de Polícia Pacificadora. A ação da polícia foi liderada pelo Bope, que contou com pelo menos 150 homens e com o apoio da Marinha, que cedeu inicialmente seis blindados. Uma hora depois do início da operação 200 policiais civis e mais três blindados da Marinha e quatro caveirões do Bope chegaram para dar reforço à ação.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Digital News



Criador da Web critica redes sociais e grandes empresas da internet

Tim Berners-Lee teme que modelo que prioriza tráfego de sites pode prejudicar a liberdade de expressão
Quarta-feira, 24 de novembro de 2010 às 17h45
Em um artigo publicado na revista Scientific American nesta segunda-feira (24), Tim Berners-Lee, um dos criadores da internet, criticou a posição de empresas como redes sociais e provedores de rede, por ações que estão comprometendo a liberdade da web.

Berners-Lee afirma que esses sites criam silos que isolam os usuários e os impedem de conectar e compartilhar informações com outras páginas que queiram. Exemplo disso, é a plataforma do iTunes da Apple, que usa endereços que começam com "iTunes" e não "HTTP", o que exclui usuários que não usem o programa.

Redes sociais, como o Facebook e Linkedln, usam informações como data de nascimento, gostos, endereço de e-mail e amigos e as transformam em serviços para gerar dinheiro. Berners-Lee também critica a iniciativa de alguns provedores de estrangular a banda de sites que não fazem parcerias e de governos de monitorarem o que usuários fazem na rede.

Tim defende que a rede seja livre e que todo navegador possa acessar qualquer página da web. Além disso, ainda faz um apelo para que os internautas não deixem que esse processo continue para que a liberdade na rede seja mantida. "Se nós, os usuários da rede, permitirmos que essa moda continue, a internet pode ser quebrada em redes fragmentadas. Nós podemos perder nossa liberdade de nos conectarmos a qualquer website que quisermos", alerta.